terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Facebook

Porque agora o tempo é mais escasso, mas porque quero continuar a dar a conhecer a evolução do meu bebé, abri uma conta no Facebook. Em frases curtas, porém, assíduas, vou relatando as maravilhas do crescimento do ser gerado por nós. O Francisco Mb (que podem identificar com esta fotografia) espera os vossos pedidos de amizade.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Refresh

No domingo, o Francisco ficou com os avós para que os pais, pela primeira vez desde o nascimento do bebé, pudessem fazer um programa a dois. A escolha recaiu sobre uma sessão de cinema de final da tarde. «Rede Social». Belas histórias de vida que só comprovoram uma vez mais aquilo que todos sabemos: Podemos ser geniais, os primeiros a inventar algo e com isso amealhar 25 biliões de dólares, mas se nos falta o amor... Quanto a novidades do petiz: Hoje, o pequerruxo - que já eleva o pescoço da cadeira ou da cama -, agarrou pela primeira vez um objecto. No caso era uma garrafinha de iogurte líquido. Está bom de ver que, de seguida, deu com ela na cabeça. Mas o que interessa é constatar mais esta evolução. Chamemos-lhe antes assim!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

As dores de crescimento

Sou eu quem as sente. É o paradoxo da felicidade de vê-lo crescer bem, misturado com a tristeza de o ver crescer rapidamente. Ontem, dia 4 de Novembro (para que conste), o avô perdeu a miúfa e lá pegou nele pela primeira vez, exclamando de seguida um ufano: "Ele já pesa!" Pois, pesa e até deve ter duplicado o peso do nascimento, andando perto disso na consulta dos dois meses. Está mesmo lindo o meu filho e cada vez mais parecido comigo o que me enche de vaidade por ter diante dos meus olhos a prova do que fomos capazes! Mas, para memória futura, aqui fica um relato dos feitos do meu pequeno: - No primeiro mês pouco trabalho deu este bebé! Comia à hora certa e dormia quase todo o tempo. As noites foram boas, tranquilas e com quatro horas de espaçamento entre as refeições o que contribuiu, e muito, para a manutenção da sanidade mental dos pais. Jantámos fora algumas vezes e ele nunca nos deixou ficar mal, permanecendo naquele doce sono durante todo o repasto, embalado pelo burburinho do que o rodeava. - Com um mês e meio já sorria sempre que sentia a minha presença. - Aos dois meses retirei-lhe o redutor da cadeirinha (e este foi a primeira dor de crescimento). Com essa mesma idade começou a tagarelar muito, brindando-me com uns "grrr's" e uns "abbuuu's". - Aos três meses a maminha começou a secar (a segunda dor de crescimento). Agora ainda sinto uma picadinha ou outra e lá lhe entrego, às cegas, as reservas que ainda possa ter. É um momento cada vez mais raro que, seguramente, me sacia mais a mim (por toda a ternura do acto) do que a ele. Também aos três meses já o sinto bem mais desperto, sobretudo de dia. À noite adormece por volta das 23h00 e só acorda lá para as 7h00. Ah! A novidade menos boa foi a constipação que apanhou no fim-de-semana e que o deixou mais em baixo. Mas agora já está a recuperar em grande estilo e a beber uns bonitos biberões de 120 ml de três em três horas. E assim vamos. Felizes.

domingo, 17 de outubro de 2010

O nascimento

O Francisco vinha ao mundo, ao nosso mundo, nesse dia. 26 de Julho de 2010. O ser por que mais esperámos todos estes anos chegava, finalmente. E vinha com hora marcada. Vicissitudes ou virtudes, melhor dizendo, dos tempos modernos. Vinha com hora marcada e, sem surpresas, em resultado de uma cesariana.


13h30 era a hora combinada com o médico, mas a nossa chegada acabou por se atrasar uns minutos, devido ao bacalhau imposto pela vovó ao pai da criança. “Não é o pai que vai ter o bebé, por isso, pode almoçar”.

Chegados à Ordem, o processo parecia estar em bom andamento. E estava. A enfermeira, despachada e solícita, no alto do seu metro e meio, ia dando as instruções.

Primeiro, e já no quarto 207, entregou à mãe a bata cor-de-rosa - que até gozava de um estatuto de elegância fora do que é normal em matéria de indumentária das unidades de saúde - que levaria para o bloco. Pouco depois, espetou-lhe nas costas da mão a agulha do soro que a manteria alimentada até ao dia seguinte e deixou-a com as cintas na barriga para acompanhar o batimento cardíaco do bebé. Tudo normal, mas a evoluir rapidamente.

Isto enquanto o pai tratava das burocracias necessárias na recepção da Ordem.

A mãe perdeu a conta às horas. Até ao grande momento, às 16h25, só apenas olhou para os ponteiros uma vez. Os ponteiros do relógio da enfermeira, enquanto esta lhe colocava o soro. Eram 14h15.

Pouco depois foi encaminhada para o piso de baixo, o 1, “ para ser preparada”. O pai teria de esperar numa salinha ao lado enquanto a mãe recebia a epidural.

Tudo normal, mas a evoluir rapidamente.

A maca estacionou numa sala cheia de maquinaria. A mãe pensou que seria ali, mas não, o espaço era demasiado exíguo para o que a intervenção exigia. Paredes-meias com aquele espaço ouvia-se o choro de um bebé, um rapagão que nascera com 4.900 gramas. “Enchia um regaço”, confessava a enfermeira que fazia companhia à mãe.

A anestesista preparava todos os artefactos para adormecer as partes baixas da mãe. E nada era deixado ao acaso, nem a altura, nem o peso da parturiente… contas necessárias para conseguir a dosagem correcta de droga. Droga que chegou e que atirou as tensões e, pelos vistos, a cor da face da mãe que sentia o corpo quase, quase a cair num desmaio. Não aconteceu. Porque a enfermeira que a ladeava ali ficou, falando sem parar e contando estórias das quais a mãe agora não se recorda, mas graças às quais ficou acordada para a vida.

Pelo contrário, e como se impunha, as pernas da mãe dormiam profundamente.

Estava, por isso, na hora do toque de alvorada. Era chegado o momento de entrar no bloco de partos e dar as boas vindas ao Francisco.

O pai continuava na sala de espera e os olhos da mãe colavam-se na porta por onde entravam enfermeiras, médicos, anestesistas, pediatras… todos menos o pai. E os olhos da mãe não podiam sair da porta porque, se desviados por milímetros para o lado esquerdo, davam de caras com o vidro de um armário de medicamentos que reflectia todo o procedimento. Lá se ia o efeito da cortina que a mãe tinha à frente do peito e que a separava da barriga onde havia mãos a mexerem.

O pai chegou, finalmente. E com ele veio também o Francisco içado para a vida e para os olhos dos pais que tantas vezes o sonharam. Agora ele estava ali. Era vida, era real, era deles.

"Três quilos, trezentos e setenta. Cinquenta centímetros. É a cara do pai."
Foi fugaz aquele momento, mas suficientemente arrebatador para o pai se emocionar e para a mãe, com a voz embargada, desatar em agradecimentos em todas as direcções.

O Francisco regressou nos braços da enfermeira. Vestia o fato azul e branco e o gorro que lhe tinha sido dado pela madrinha e o casaco branco feito à mão pela vovó. Impedida de lhe dar o maior abraço do mundo, por ter os braços presos, a mãe beijou-o. Beijou-o duas vezes - as primeiras duas vezes – e viu-o partir para o quarto levado pelo pai.

A mãe ficou, espapaçada naquela cama, deixando sem se importar que lhe mexessem nas vísceras ou que a cosessem. Já nada mais lhe importava, a não ser voltar para os braços daquela criança, para os braços do tamanho do mundo daquele ser pequenino que acabava de lhe tomar vida.

Na chegada ao quarto 207, um choro de recém-nascido escutava-se do lado de fora daquelas portas onde agora estava colocado um laço azul com as palavras “Bebé”. Era o anunciar da aterragem da cegonha.

Ainda com um formigueiro nas pernas, a mãe abriu finalmente os braços para receber o filho e alimentá-lo pela primeira vez. A fome era mais que muita.

Depois vieram as visitas. Todos sôfregos de conhecerem o bebé.

Veio a vovó, veio a madrinha e vieram os filhos dela, um dos quais, o mais pequeno, que achou que o bebé tinha “as patinhas frias”.

A mãe, ainda meio adormecida da anestesia e da morfina, mirava placidamente o filho a trocar de colos, a trocar de mimos e de olhos que tentavam adivinhar com quem se assemelhava. Todos pareciam concordar: “É o pai”.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Os melhores dois meses de sempre


Está visto que continuamos muito apaixonados por este pequenino ser que invadiu as nossas vidas!
Há tanto para contar, tanto que preciso de respirar fundo para avançar com coragem. Fá-lo-ei, sobretudo pelo respeito que me merece quem, com tanto carinho, nos acompanha.
Antes disso, o meu agradecimento a todas as que aqui deixaram mensagens. Voltaremos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

26 de Julho de 2010

Foi o dia em que nasceu o nosso bebé e em que também nós renascemos como família!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Nas despedidas

Se não houver surpresas, é já na próxima semana que o nosso bebé vai sair da minha barriga para os nossos braços. Sim, estamos muito felizes. Sim, estamos muitíssimo ansiosos e a contar os segundos. Isto, apesar de já estar com saudades da barriga e da intensidade de todos momentos que vivemos nestas deliciosas 39 semanas que completaremos juntos.
A mala já está fechada e a cadeirinha foi montada ontem para repousar escassos dias até ao grande momento das nossas vidas.
Estamos prontos para recebê-lo, com a certeza de que nada sabemos, mas verdadeiramente prontos para protegê-lo no nosso colo. Valer-nos-ão as capacidades de que a natureza faz o favor de nos dotar, como nos valeu o amor que nos manteve unidos para o trazer a este mundo.